Rede de IP público
Fonte: Ericsson Outubro/1999
Edson Viana
Redes de Computadores II
O artigo começa abordando o crescimento da internet nos últimos cinco anos, tanto dentro das empresas como fora delas, causando enormes transformações no comércio, industrias e principalmente na área de telecomunicações.
 Os provedores se instalaram de acordo com o mercado, não se preocupando com as condições das linhas  existentes e os equipamentos utilizados. Podendo-se, hoje, acessar qualquer máquina de qualquer lugar, embora a qualidade da comunicação e dos serviços prestados sejam, ainda, muitos ruins. Levando a telefonia IP, videoconferência, e_commerce e outros serviços a não poderem ser cumpridos satisfatoriamente com a internet de hoje.
 Com base nisso o ip público está sendo construído, não para substituir a internet atual, mas para suprir as principais falhas. Irá trabalhar em cima dos elementos fundamentais de telecomunicações da rede, de forma a integrar-se na estrutura existente, dando mais operacionalidade e aumentado a confiança e desempenho dos serviços de telecomunicações.
 O porquê de tudo isso. Porque a internet cresceu assustadoramente, mudando a forma das industrias e empresas trabalharem, e isto é só o começo da explosão da internet.
   O ip convergente descreve as tecnologias da infra-estrutura de telecomunicações de hoje para uma nova, uma solução de ip central. Ou seja, a conversão dos serviços que muitos protocolos oferecem em um único serviço de empacotamento baseado em ip. Mudar as estruturas (Frame Relay, ATM, SONET, etc) deve levar de 5 a 10 anos, mas os multiprotocolos já estão funcionando.
 Para as empresas que necessitam de mais qualidade e performance nos seus serviços (videoconferência, uma LAN de acesso remoto, internet) tem que fazer várias conexões com provedores e especialistas diferentes. O serviço de ip convergente promete simplificar estas ligações, com um novo modelo, oferecendo todos os serviços acima mencionados em uma única conexão (opcionalmente redundante). A idéia é criar um menu com todos os serviços.

O QUE MUDAR
A internet de hoje é fraca em duas áreas:
Performance
Topologia

PERFORMANCE:
 Facilmente observado quando se navega pela internet. Os routers não fazem nenhum esforço para melhorar o tráfego, todos os serviços são iguais. Best efort. Com o serviço de convergência, a manipulação dos pacotes será feita com inteligência. Criando diferentes classes de tráfego e encaminhando os pacotes de acordo com suas prioridades e pelos canais apropriados. Exemplo: Voz tem prioridade sobre outros tipos.

TOPOLOGIA:
 Como os routers aprendem com outros routers os caminhos, as opções de saída são bastante restritas. A idéia é aumentar as opções de rotas alternativas para os routers e utilizar com mais eficácia as VPNs, isto para possibilitar a qualidade dos serviços. (dar mais opções aos routers para que possam encaminhar os pacotes de acordo com as suas  classes)
 
 

 A internet não será uma única cadeia de ligações, mas uma malha de ligações paralelas. Dois elementos serão necessários:

1) Backbones: Terá que existir um backbone de altíssima velocidade, constituindo-se de uma malha nacional e internacional. Trafegando em terabits.

Elementos:
1.1) IP sobre ATM Multiservices Backbones: O novo protocolo deve fazer as conversões para que os pacotes trafeguem via ATM.
1.2) IP sobre SONET/SDH Backbones
1.3) IP sobre DWDM Backbones: Este tipo de rede existe somente na teoria

2) A interligação das redes: Provedores e empresas estarão ligados a Aggregation Networks e estes pontos servirão de funil fazendo a classificação e encaminhamento dos pacotes. Terão que ter poderosos routers e centenas de ligações. Com o IP aggregation networks pode-se visualizar 3 domínios:

2.1) Subscriber Access: A ligação entre o IP Aggregation Network e o Subscriber será ponto a ponto. Deverão utilizar linhas de alta velocidade ATM/FRAME RELAY/IP/PPP/WIRELESS/xDSL/CABLE MODEM.
2.2) Subscriber Traffic Processing: O router deverá rapidamente receber e classificar os pacotes recebidos de acordo com as políticas pré-definidas. Isto é, mais do que uma simples classificação em um rool de prioridades. Cada classe de tráfego tem que ser mapeado para uma diferente VPN.
2.3) Backbone Integration: A função principal dos Agregation Routers é rotear o tráfego, fornecendo suporte e conversão a vários protocolos como OSPF/IS-IS/BGP-4 e outros.

IETF: INTERNET ENGINEERING TASK FORCE) DOIS NOVOS PADRÕES ESTÃO APARECENDO

1) DiffServ: Nada mais é do que acrescentar alguns bits no HEADER dos pacotes que trafegam na rede, de forma a poderem ser classificados de acordo com suas classes. A princípio deve-se destinar 6 bits. 26 = 64 classes diferentes, 32 para redes globais e 32 para redes específicas.
2) MPLS (Multiprotocol Label Switching): São labels agregados e enviados juntamente com os pacotes.
 

 Devido ao crescimento desordenado da internet faz-se necessário uma mudança na estrutura e no funcionamento. Na estrutura utilizando novas máquinas e meios de transmissão mais eficazes, no funcionamento utilizando protocolos mais inteligentes.