Exemplos de Utilização

Exemplo I: Provedor de Acesso a Internet (ISP)

Para melhor visualizarmos a flexibilidade do ISDN vamos utilizar como exemplo um provedor de acesso (figura 5) que tem um link ISDN/PRI (1) através do qual recebe conexões de usuários. Este link está conectado diretamente a um equipamento que suporta interface ISDN/PRI. O usuário utiliza uma linha ISDN/BRI (2) para se conectar ao provedor. 

Figura 5 - Exemplo I

A transferência de dados através dessa conexão é feita a velocidade de 64Kbps ou 128Kbps (quando são utilizados os dois canais B da linha ISDN/BRI para acesso à Internet, neste caso também são necessários dois canais B no provedor). 

O mesmo equipamento que recebe ligações ISDN pode tratar de ligações V.90 (56kbps) e V.34 (33.6kbps) (3). Essa característica possibilita que o provedor divulgue o mesmo número chave para todos seus clientes, independente do tipo de acesso a Internet a ser utilizado. 

Exemplo II: ISP com um Ponto de Presença (POP)

Vamos imaginar agora que o provedor abriu um POP (espécie de filial com infra-estrutura de acesso remoto, conectado ao provedor principal) em outro local (figura 6), o POP está conectado à Internet através do site do provedor (4) via linha privada ou Frame Relay, e possui um link ISDN/PRI (5) para atender as ligações de usuários, que podem estar acessando a partir de linhas ISDN/BRI ou de linhas analógicas através de modens V.34 ou V.90 (56 Kbps). 

Figura 6 - Exemplo II

Caso ocorra congestionamento ou queda do link principal (4), um ou mais canais do link ISDN/PRI podem ser utilizados como dial-on-demand / dial-backup (6). Nesse caso o roteador do POP disca automaticamente para o roteador do provedor e um link ISDN backup é ativado. 

Exemplo III: Conexão de uma empresa a um ISP 

O provedor de acesso pode ter como cliente uma empresa que conecta sua rede à Internet esporadicamente (figura 7), através de um link ISDN/BRI (7). Esta conexão é feita com a utilização de um roteador com característica de dial-on-demand. 

Figura 7 - Exemplo III

Em geral, na conexão discada a um provedor é fornecido um endereço IP a ser atribuído ao equipamento remoto, que normalmente é um PC isolado. No caso de uma rede com vários nós, é necessário que o provedor forneça um intervalo de endereços IP para o cliente. Como forma de economizar endereços IP, pode ser utilizado NAT (Network Address Translator) no roteador utilizado para o acesso ao provedor. Neste caso, o único endereço IP (global) atribuído pelo Provedor é utilizado por todas as máquinas da rede do cliente para acesso à Internet; o roteador faz a tradução entre os endereços IP da rede local e o endereço global.